terça-feira, 14 de agosto de 2007

Áspero

Quando sonho sais de mim
como a sombra que desperta o meu fim.
Como faço para ser menos ruim
já que o sonho nem sempre volta aqui

áspero o desejo de ruir
aos teus pés no devaneio do cetim
áspero o sentido após o sim
no teu corpo de volúpia e festim

Quero-te aqui, para ser em ti...

Tempo Só

Arde dor suave, eu desmaio num tempo só.

Sorte a faca corta, morde as unhas, tempo só ...

A corda enleia os sentidos e marca a hora ao tempo só.

Forca numa teia a aranha mata o tempo-só...

Quando a merda é sempre a mesma e as moscas Fogem...

Ao tempo só.


F. Grifo (Cidade C. 1995)